O Navio de Tarifas de Trump e a Ganância do Agronegócio
Fonte: You Tube
Antes de
Trump apresentar seu navio de tarifas, o governo brasileiro se uniu à ganância
do agronegócio insustentável, partido com uma grande comitiva para a Ásia em
busca da venda de carnes e outras commodities do agronegócio. Ficou demonstrado
que o governo está ao lado das grandes corporações, incluindo a JBS, e não ao
lado do povo, que sofre com o aumento de preços de alimentos e inflação.
Para a
imprensa burguesa e outros analistas, o tarifaço de Trump pode trazer
oportunidades para os negócios, mas poucos falaram do sofrimento a que será
submetida a população pobre no mundo, incluindo o Brasil, países africanos e
asiáticos, com a inflação e recessão que vem por aí.
Já foi dito
que a decisão de Trump de impor seu tarifaço a todos os países do mundo é um
ato monstruoso de loucura. De forma unilateral e injustificada, o navio de
tarifas de Trump foi apresentado por ele em linguagem indefensável, num momento
em que ele descreveu os aliados dos Estados Unidos como “trapaceiros” que
saquearam, estupraram e pilharam os Estados Unidos.
O pior foi
a exclusão da Rússia da lista de condenados de Trump. Com suas tarifas, os
preços certamente aumentarão em todos os
setores, tanto nos Estados Unidos como em vários países, alimentando a inflação
e talvez a recessão. Quando perguntado sobre o aumento do preço dos carros
estrangeiros ele respondeu: “Não me importo nem um pouco”.
Mas o
desprezo de Trump pelos aliados não ficou por aí. Ontem, depois de ter lançado
seu tarifaço, num jantar com uma comitiva de seu partido, Trump foi mais além dizendo
que sabe o que está fazendo e se gabou de que líderes mundiais estão “beijando a bunda dele” (kissing my ass), que pode ser traduzindo também como puxando o
saco. Isto acontece com os que estão tentando negociar acordos comerciais.
Isto mostra
o ponto a que chegou o sistema capitalista, quando a avareza e ganância
substituem os valores éticos e morais. Além disto, o projeto de Trump é o da
expansão da extrema direita no mundo, que visa a destruição de valores morais,
democráticos e, acima de tudo, de destruição ambiental em benefício do
capitalismo predador.
Em pouco tempo já estamos vendo o navio das tarifas afundando e o Brasil demonstra não ter oportunidade nenhuma se não mudar de rumo. Apoiando um agronegócio insustentável e predador, seguiremos a orientação trumpista e a orientação bolsonarista do governo anterior de arrojo salarial, destruição anbiental e dos valores democráticos.
Vale
mencionar, porém, que foram nos governos petistas que as grandes corporações do
agronegócio se expandiram com recursos públicos do BNDES, a exemplo da JBS, e
avançaram na destruição ambiental. Hoje, num governo de direita, o petismo
segue apoiando este modelo desastroso de desenvolvimento insustentável.
Assim
sendo, não é o tarifaço de Trump que vai fazer o mundo fechar os olhos para as
mazelas do agronegócio brasileiro e criar oportunidades de negócios. O
Presidente da França, Emmanoel Macron, foi taxativo nesta afirmação, ao se
referir e contrariar o acordo do Mercosul. O Japão, por outro lado, que dá
lições ao mundo de Ecologia humana não deve adquirir produtos brasileiros, que
não seguem as regras internacionais.
O Brasil
poderá ter grandes oportunidades de negócios no mundo, se defender uma economia
verde como a União Europeia, como os países escandinavos e até estados
americanos, que não irão seguir a orientação ambiental destrutiva do governo
Trump.
Numa
Aliança Climática dos Estados Unidos, uma coalização bipartidária de 24
governadores estaduais, comprometidos com a meta de zero emissões líquidas de
gases de efeito estufa, responderam à ordem executiva de Trump. Para estes
governadores, o governo federal não pode retirar unilateralmente a autoridade
constitucional independente dos estados.
Infelizmente,
no Brasil, o petismo não dá demonstrações de querer avançar nas questões
ambientais e na prática tem demonstrado isto. Por outro lado, o bolsonarismo de
extrema direita e a própria direita submissa ao bolsonarismo estão longe de
querer avançar na direção de um desenvolvimento sustentável.
É
lamentável ver os eleitores seguindo estas duas correntes. Pior ainda, muitos
deles defendendo as ações criminosas do 8/1, pedindo anistia para criminosos. A
esperança é que surja um candidato de esquerda ou direita, que seja contra a
destruição ambiental no país e os privilégios no poder judiciário e defenda a
população pobre, não com bolsa família, mas oferecendo saneamento básico, saúde
e educação para todos.
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